Aleitamento Materno (Amamentação)

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O leite materno é amplamente reconhecido como uma fonte excelente de nutrição para todos os recém-nascidos. Portanto, a amamentação fortalece o sistema imune dos bebês bem como supre suas necessidades nutricionais até aproximadamente 6 meses de vida. A partir disso, outros alimentos geralmente vão sendo adicionados a sua dieta. No entanto, recomenda-se amamentar por pelo menos 12 meses (1 ano).

 

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Benefícios da Amamentação

 

Para as crianças:

 

  • Melhor funcionamento do trato digestivo, com proteção a infecções intestinais, prevenindo vômitos e diarreia;
  • Redução no risco de infecções respiratórias e infecções de ouvido;
  • Estudos sugerem que o aleitamento materno (amamentação) promove, de fato, uma redução no risco de obesidade, doença cardiovascular, cânceres infantis e doenças autoimunes.

Para as mulheres (mães):

 

  • Menor perda sanguínea logo após o parto devido a ação hormonal provocada pela amamentação. Isso porque ocorre liberação do hormônio ocitocina ao amamentar, fazendo o útero contrair;
  • Redução do estresse devido aos diversos hormônios liberados pelo ato de amamentar;
  • Aumento na perda de peso após a gestação (sobretudo se a amamentação persistir por mais de 6 meses);
  • Menor risco de desenvolver câncer de mama, câncer de ovário e câncer de útero no futuro.

Para a família:

 

  • Maior economia para a renda familiar, pois não é necessário gastar dinheiro com a compra de fórmulas infantis;
  • Maior economia com relação aos gastos com saúde, como, por exemplo, ir ao médico e pronto socorro, além do menor tempo de trabalho gasto. Isso porque as crianças amamentadas apresentam menos problemas de saúde.

Quando a amamentação não é recomendada?

 

  • Mulheres com o vírus da imunodeficiência humana (HIV);
  • Mulheres com o vírus HTLV 1 e 2;
  • Mulheres dependentes/abuso de álcool ou drogas;
  • Mulheres em vigência de tratamento com quimioterapia ou então radioterapia;
  • Mulheres com herpes ativa em ambos seios (se tiver em apenas um, amamentar com o outro).

Quanto de Leite a Mulher Produz?

 

A maioria das mulheres iniciam a produção de leite após 3 a 5 dias do parto. No entanto, às vezes demoram um pouco (1 semana ou mais). Primeiramente, a produção de leite é regulada por hormônios. Dessa forma, todas as mulheres deveriam produzir leite após a gravidez. Em seguida, a continuidade acontecerá conforme o esvaziamento constante dos seios, que estimula a produção de mais leite.

 

As mulheres que optam pela amamentação exclusiva produzem cerca de 750-800 ml de leite por dia após 2 a 4 semanas do parto. Posteriormente, a produção diária de leite pode variar entre 450 a 1.200 ml.

 

Na primeira semana logo após o parto, as mães costumam amamentar os bebês 8 a 12 vezes em 24h. Entretanto, depois de 1 mês do parto, o aleitamento materno pode reduzir para 7 a 9 vezes por dia.

 

Quando iniciar o Aleitamento Materno?

 

O aleitamento materno (amamentação) deve começar já nas primeiras horas após o parto. Desse modo, permite o contato íntimo, pele a pele, entre o bebê e o corpo da mãe. A maioria dos recém-nascido apresentam um desejo voraz de amamentar logo após o parto. No entanto, a incapacidade ou falta de interesse do bebê neste momento não significa que não será possível amamentar depois. Por isso, caso seja necessário separar a mãe e o bebê após o parto por qualquer motivo (necessidade de UTI neonatal, por exemplo), ela deverá esvaziar os seios e armazenar seu leite. Preferencialmente dentro das primeiras 6 horas do parto.

 

Nos primeiros dias após o parto, a mãe produz uma pequena quantidade de leite espesso e amarelado chamado “Colostro”. O colostro, de fato, é rico em nutrientes e anticorpos. Por isso, garante todas as calorias necessárias para o bebê inicialmente.

 

Quais são os Problemas mais Comuns da Amamentação?

 

  • Consumo insuficiente de leite pelo bebê: o consumo ineficiente de leite pela criança pode ser decorrente de uma produção inadequada de leite pela mãe ou problemas na mamada (extração de leite). Por isso é muito importante o papel do obstetra em determinar a causa e, assim, iniciar o tratamento/orientação adequados;
  • Dor nos mamilos ou nos seios: pode ser decorrente de lesões nos mamilos. Ou então próprio inchaço dos seios pela produção de leite, infecções das mamas, problemas de pele afetando os mamilos (dermatite), entre outros. Portanto é necessário diferenciar a sensibilidade aumentada dos mamilos (normal na gestação, melhora após 30 segundos do início da mamada, resolve após 1-2 semanas do parto) de dor propriamente dita (causada por algum transtorno, piora durante a mamada).

 

Cuidados durante a Amamentação

 

  • Anticoncepção (prevenção da gravidez): para prevenir uma nova gravidez durante o período de aleitamento materno (amamentação) deve-se evitar o uso de contraceptivos orais (pílulas anticoncepcionais). Deve conter estrogênio, pois pode reduzir o volume de leite. Além disso, prefere-se o uso de pílulas de progesterona (minipílulas), contraceptivos injetáveis e DIU;
  • Medicamentos: alguns remédios de uso regular podem ser transmitidos ao bebê pelo leite e, assim, causar prejuízos. Portanto, o médico obstetra deve orientar a mãe sobre quais medicamentos são seguros de serem utilizados durante a amamentação. Assim como quais terão de ser interrompidos ou substituídos;
  • Álcool: ao amamentar, mulheres que consomem bebidas alcoólicas podem transmitir pequenas quantidades de álcool pelo leite ao bebê. Desse modo, geralmente recomenda-se evitar a ingestão de bebidas alcoólicas;
  • Cafeína: a maioria das mulheres pode consumir quantidades moderadas de cafeína (2-3 xícaras por dia) sem afetar seus bebês pela amamentação. No entanto, algumas crianças são sensíveis a cafeína e, assim, podem ficar irritados ou com dificuldades para dormir. Então, com o passar do tempo, estes bebês tornam-se mais resistentes a cafeína;
  • Cigarro (Tabagismo): bebês de mulheres que fumam, sem dúvida, apresentam um maior risco de desenvolver diversas doenças. Como, por exemplo, asma, pneumonia, otites, morte súbita, entre outros. Mães fumantes deveriam, portanto, abandonar esse hábito, não somente pelo bebê, mas para a própria saúde.

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