O Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), popularmente conhecido como “Andropausa”, é o nome dado ao conjunto de sintomas decorrentes dos baixos níveis de testosterona no sangue de homens mais velhos, desenvolvida no decorrer dos anos. Nesse sentido, estima-se que os níveis deste hormônio em homens com mais de 40 anos diminuam a uma taxa de 1% ao ano.
No entanto, é importante ressaltar que apenas níveis baixos de testosterona não são suficientes para caracterizar a síndrome. Por isso é necessária a presença de sintomas para justificar o tratamento.
Veja também:
Essa alteração pode provocar uma série de transtornos a saúde. Entretanto, muitos deles podem ser decorrentes de outras doenças como, por exemplo, a depressão.
– Sintomas Gerais: Obesidade, redução da massa muscular, osteoporose, anemia e fadiga. Além disso, há perda de pelos pelo corpo, pensamentos depressivos, perda da sensação de vitalidade e bem-estar, e sono excessivo;
– Sintomas Sexuais: Perda do interesse pela atividade sexual (libido), disfunção erétil (impotência), redução no número e na qualidade das ereções (rigidez peniana) ao acordar.
Baseia-se na dosagem dos níveis de Testosterona no sangue:
– Dosar pelo menos 2 amostras de Testosterona Total;
– A coleta deverá ser realizada pela manhã (entre 7-11 am);
– Caso o hormônio esteja no limite inferior, será necessário calcular a testosterona livre.
Outros exames podem ser solicitados após a avaliação médica:
– Densitometria óssea;
– Colesterol Total e frações;
– Triglicérides;
– Glicemia / Hb glicada / Teste de tolerância oral a glicose;
– Perfil hormonal completo.
Está indicada apenas nos pacientes que apresentam sintomas decorrentes de níveis baixos de testosterona. Assim, existem muitas maneira de se realizar a reposição desse hormônio em pacientes com Andropausa.
– Contra Indicações: Câncer de próstata ativo, pacientes com síndrome metabólica e com HIV positivo;
– Terapias Transdérmicas: São métodos seguros e bem tolerados de reposição hormonal de testosterona. Uma das opções, por exemplo, é o Gel Hidroalcoólico a 1%, aplicado na pele dos ombros, braços e abdômen uma vez ao dia. Além disso, outra opção é a Solução Hidroalcóolica (Spray), aplicada nas axilas uma vez por dia, evitando, assim, o contato da substância com as mãos;
– Terapia Injetável de Curta Duração: Trata-se da injeção intramuscular de compostos de curta duração (cipionato, enantato e propionato de testosterona). Estes medicamentos são aplicados a cada 2-4 semanas, entretanto têm como desvantagem uma maior dificuldade em manterem um nível estável de testosterona no sangue. Além disso, estão associados a um maior número de efeitos colaterais;
– Terapia Injetável de Longa Duração: Trata-se da injeção intramuscular de um composto de longa duração (Undecilato de testosterona). Estes medicamento é aplicados de 3/3 meses e têm como vantagem a possibilidade de manter um nível mais estável de testosterona no sangue. Desse modo, reduz o número de efeitos colaterais. Portanto, apresenta ótimos resultados e é muito seguro;
– Seguimento no Consultório: No início do tratamento de reposição hormonal com testosterona em pacientes na andropausa, o acompanhamento deverá ser feito de 3/3 meses com novos exames de sangue. Logo depois do controle estável dos níveis de testosterona, as consultas podem passar a ser a cada 6 a 12 meses.
– Evita o aumento dos níveis de colesterol no sangue;
– Reduz os níveis de açúcar no sangue, combatendo o diabetes;
– Reduz o peso e a circunferência abdominal, aumentando a massa magra e a força muscular;
– Melhora a função cardiopulmonar;
– Reduz os episódios de angina (dor no peito), possivelmente diminuindo o risco de morte por doenças cardiovasculares (infarto, AVC, etc.).
– A reposição hormonal com testosterona em homens na Andropausa não aumenta o risco de desenvolver câncer de próstata;
– Se um paciente já teve câncer de próstata no passado, se for considerado curado da doença pelo seu urologista poderá receber reposição hormonal com testosterona sem riscos adicionais a saúde;
– A reposição hormonal de testosterona em pacientes com andropausa estará contraindicada apenas naqueles pacientes com câncer de próstata ativo, mesmo que já em tratamento (ainda não considerados “curados”).