Fístula Vesicovaginal

fistula vesicovaginal

O que é?

 

Fístula é o nome dado a uma comunicação anormal entre duas cavidades ou então entre uma cavidade e a pele. No caso da fístula vesicovaginal, há uma comunicação patológica (não natural) entre a vagina e a bexiga urinária. Dessa forma, ocorre o extravasamento de urina pela vagina.

 

Quais as causas da fístula vesicovaginal?

 

As fístulas urinárias são raras, mas a fístula vesicovaginal é o tipo mais comum. Ocorre, principalmente, logo após cirurgias ginecológicas como, por exemplo, histerectomias (retirada cirúrgica do útero).

 

Outras causas menos frequentes são complicações obstétricas (durante o nascimento do bebê), doenças graves da pelve (bacia) ou então por radioterapia (tratamento de alguns tipos de câncer).

 

Veja também:

Sintomas da fístula vesicovaginal

 

Uma fístula entre o trato urinário e a vagina geralmente resulta em extravasamento indolor e involuntário de urina pela vagina. A fístula vesicovaginal geralmente causa perda contínua de urina pela vagina. Entretanto, outros tipos de fístula podem causar perdas apenas em alguns intervalos de tempo (fístula ureterovaginal, por exemplo).

 

Diagnóstico da fístula vesicovaginal

 

  • Exame clínico: Consiste em uma consulta com o urologista. A paciente explica a qual cirurgia ou procedimento foi submetida anteriormente, assim como quais são as características de suas perdas urinárias. Isto é, frequência, quantidade e tempo de duração, por exemplo. Afinal, é importante para o urologista diferenciar a fístula urinária de uma incontinência urinária (perda de urina involuntária pela uretra);
  • Exame Ginecológico: O urologista ou o ginecologista deverão realizar um exame completo com um espéculo vaginal. O objetivo é, portanto, observar um orifício anormal na vagina que estaria conectada a bexiga urinária (fístula vesicovaginal). Geralmente esta fístula está situada na região mais profunda da vagina (cúpula vaginal). Além disso, o uso de corantes na bexiga (azul de metileno) pode auxiliar na identificação de orifícios fistulosos pequenos. Dessa forma é possível a identificação do corante extravasado;
  • Cistoscopia: Consiste na introdução de uma pequena câmera dentro da bexiga, entrando pela uretra, a fim de observar toda a parede da bexiga e encontrar o orifício da fístula com a vagina;
  • Tomografia: É o exame de eleição na pesquisa de fístulas urinárias. Nesse sentido, o mais indicado é realizar a tomografia com contraste endovenoso. E, assim, aguardar a fase excretora para observarmos com precisão a integridade de todo o trato urinário.

Tratamento da fístula vesicovaginal

 

  • Correção Transvaginal da Fístula: É o tratamento da fístula vesicovaginal por meio do acesso vaginal, sem cortes na barriga. É uma cirurgia realizada no centro cirúrgico. Dessa forma traz excelentes resultados, rápida, com boa recuperação e controle de dor no pós-operatório;
  • Cirurgia Aberta: Consiste no tratamento da fístula vesicovaginal por meio de uma incisão no abdômen, abertura da bexiga e tratamento da fístula. Por isso, está indicada em casos de fístulas mais complexas ou então fístulas recidivadas, já tratadas previamente por via vaginal;
  • Cirurgia Videolaparoscópica e Robótica: Representam uma alternativa à cirurgia aberta para o tratamento de fístulas vesicovaginais por via abdominal. A vantagem dos métodos minimamente invasivos (videolaparoscopia e robótica) está, de fato, em apresentar um menor risco de sangramento e transfusões de sangue. Além disso, há uma melhor recuperação pós-operatória, com menor tempo de internação hospitalar, menos dor e retorno mais rápido às atividades cotidianas.

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