Ejaculação precoce

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O tempo normal para ejaculação varia entre 7 a 14 minutos (média 10 minutos). No entanto, a ejaculação precoce ocorre muito cedo (geralmente antes de 1 minuto) ou então quando há incapacidade de retardá-la em quase todas as penetrações. Dessa forma, o problema provoca consequências negativas como, por exemplo, estresse, incômodo e frustração no indivíduo e na sua parceira/o. Assim, pode levar inclusive ao desejo de evitar as relações sexuais.

 

Epidemiologia

 

A ejaculação precoce que atende a definição acomete 4% dos homens em todas as idades, mas 30% de todos os homens acreditam que ejaculam mais rápido do que desejariam. Além disso, 30% dos homens que apresentam essa alteração também queixam-se de disfunção erétil (impotência) e, às vezes, de infertilidade.

 

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Causas de ejaculação precoce

 

Na maioria dos casos, o problema não tem uma causa bem definida. Hipersensibilidade peniana ou fatores genéticos, por exemplo, são possíveis causas, mas não foram confirmadas em estudos.

 

Fatores psicológicos como história de abuso sexual, baixa autoestima, incômodo com sua aparência, depressão e ansiedade de performance (medo de não conseguir agradar o parceiro) são causas importantes de ejaculação precoce adquirida ao longo da vida.

 

Diagnóstico de ejaculação precoce

 

História Clínica: Investigação das causas por meio da conversa com o paciente. É, de fato, muito importante que as respostas sejam sinceras e completas. Algumas das perguntas incluem tempo de início dos sintomas, problemas pessoais ou de relacionamento e características da ejaculação (tempo para ejacular), por exemplo.

– Exame Físico: Exame cuidadoso do pênis, escroto, testículos e próstata.

– Avaliação Psicológica/Psiquiátrica: Em pacientes com suspeita de transtornos psicológicos, a avaliação psicológica pode ser útil antes de prosseguir com o tratamento.

Tratamento

 

– Terapia Comportamental: Consiste em utilizar manobras bem como artifícios durante o ato sexual visando prolongar o período de penetração, retardando a ejaculação. Sem dúvida, apresenta uma taxa razoável de sucesso (45-65%) mesmo sem utilizar medicações.

– Tratamento Psicológico: Inclui entrevistas, terapia de casal e educação sexual. Isso porque, independentemente da causa, sempre haverá um componente psicológico envolvido.

– Terapia Medicamentosa: Representa o tratamento mais eficiente para a ejaculação precoce, retardando-a. Utilizam-se, principalmente, fármacos anti-depressivos inibidores da recaptação de serotonina (sertralina e paroxetina, por exemplo), diariamente. No entanto, o antidepressivo tricíclico clomipramina é um remédio ainda não disponível no Brasil que pode ser utilizado apenas antes das relações (não é necessário o uso diário). Além disso, em casos em que a ejaculação precoce é acompanhada também de impotência, pode-se associar um inibidor da fosfodiesterase-5 (Viagra, por exemplo).

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