Cistos nos rins

cisto nos rins

Os cistos nos rins são a alterações renais benignas mais comuns. Podem ser unilaterais ou bilaterais (nos 2 rins), únicos ou múltiplos. Não são câncer!

 

Um cisto renal simples é uma espécie de “bolha” dentro do rim. Ou seja, corresponde a uma cavidade arredondada de paredes finas e com um conteúdo de líquido claro. Representa 70% dos cistos renais e nunca irão se transformar em câncer de rim. Portanto, não é necessário o seu acompanhamento.

 

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O cisto renal complexo, por sua vez, apresenta outras alterações como, por exemplo, traves, calcificações e espessamentos. Em alguns casos, podem se transformar em câncer de rim com o decorrer dos anos, sendo necessário o seu acompanhamento pelo urologista. Além disso, às vezes uma cirurgia pode ser necessária para serem retirados.

 

Epidemiologia

 

Os cistos de rim são lesões muito comuns, podendo ser encontrados em até 1/3 da população acima de 50 anos de idade. São mais comuns em homens do que em mulheres e 70% deles são cistos renais simples. Dessa forma, não é necessário acompanhamento ou tratamento.

 

Sintomas dos cistos nos rins

 

Na grande maioria dos casos, os cistos de rins são assintomáticos. Isto é, não apresentam nenhum sintoma e, geralmente, são diagnosticados durante exames de rotina ou então solicitados por outros motivos.

 

Quando o cisto de rim provoca sintomas, geralmente são decorrentes do crescimento excessivo do cisto. Desse modo, acaba comprimindo as estruturas ao redor (pelve renal, artéria renal, etc.). Então, nesses casos, o paciente pode ter dores lombares e flancos, assim como desenvolver hipertensão arterial.

 

Sintomas raros são sangue na urina (hematúria por ruptura do cisto) e infecção do rim com formação de um abcesso renal.

 

Diagnóstico de cistos nos rins

 

– Ultrassom: Geralmente é o exame responsável pela descoberta da maior parte dos cistos de rim. No entanto, a maioria deles é solicitado por outros motivos (check up ou investigação de infecções de urina por exemplo). Assim, o cisto renal é um achado incidental. Cistos simples de rim não precisam de qualquer outro exame.

– Tomografia ou Ressonância: São os melhores exames para se caracterizar com maior precisão os cistos renais complexos. É possível determinar se têm maior ou menor risco de se transformarem em câncer de rim.

– Biópsia do Cisto: A biópsia não é necessária na grande maioria dos casos. Isso porque, muitas vezes, apenas com os exames de imagem já é possível confirmar o diagnóstico. A biópsia do cisto está apenas indicada nos casos em que há dúvida se já se transformou em câncer e seu componente sólido é muito grande. Furar um câncer de rim cístico pode acabar levando a contaminação do abdômen por células tumorais pelo líquido derramado.

Tratamento do cisto de rim

 

  • Cisto Renal Simples: Nestes casos não é necessário tratar ou acompanhar os pacientes, pois não há qualquer risco de evolução para câncer. Em casos de cistos muito grandes, com risco de compressão de órgãos adjacentes ou causando sintomas, é possível realizar o esvaziamento do líquido por meio de cirurgia (ressecção das paredes do cisto por videolaparoscopia ou robótica);
  • Cistos Complexos de Baixo Risco: Caso os cistos de rim tenham traves finas ou calcificações, há um pequeno risco de se transformarem em câncer renal no futuro. Portanto, indica-se seguimento destes pacientes por meio de exames de imagem seriados (ultrassom ou tomografias de 6/6 meses) por um período de tempo variável. O objetivo é observar se há crescimento ou mudança no padrão dos cistos. Nestes casos é possível que a ressecção cirúrgica minimamente invasiva do cisto (videolaparoscopia ou robótica) seja necessária durante o seguimento;
  • Cistos Complexos de Alto Risco: Em alguns casos, os cistos apresentam características de alto risco para serem ou se transformarem em câncer de rim no futuro. Então é necessário realizar, imediatamente, o tratamento cirúrgico por meio da ressecção do cisto por videolaparoscopia ou robótica.

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