Câncer de rim

cancer no rim

O que é o câncer de rim?

 

Também conhecido como neoplasia maligna de rim ou câncer renal, corresponde ao câncer que acomete os rins. São órgãos em formato de “feijão”, do tamanho de um “punho”, cuja função é filtrar o sangue do excesso de água, sais e toxinas. Desse modo, forma a urina que será excretada para fora do corpo.

 

O principal tipo de câncer de rim é o carcinoma de células renais. Geralmente não provoca sintomas (é silencioso), principalmente quando precoce. Portanto pode não ser descoberto até já estar em fases mais avançadas, reduzindo as chances de um tratamento curativo.

 

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Epidemiologia

 

O câncer de rim acomete, sobretudo, pacientes do sexo masculino (50% a mais do que nas mulheres) com idades entre 60 e 70 anos. Entretanto é raro em pessoas com menos de 40 anos. Além disso, sua incidência tem aumentado nos últimos anos (2% nos últimos 20 anos).

 

Na maioria dos casos (80%), o câncer renal não tem história familiar (é esporádico). Mas, em 60% das vezes, está restrito ao rim no momento do diagnóstico (tumor localizado). Infelizmente, como apresenta poucos sintomas no início. Ou seja, em 20% a 30% dos casos o câncer de rim já é metastático (espalhado pelo corpo) ao diagnóstico, com poucas chances de cura.

 

Fatores de risco

 

– Tabagismo (cigarro): O consumo de cigarro aumenta a incidência (50% nos homens e 30% nas mulheres) bem como a gravidade do câncer de rim.

– Etnia: Maior risco de câncer de rim na população branca e negra, menor risco em orientais.

Antecedente Familiar: Pacientes com familiares de 1º grau (pai, mãe ou irmãos) com câncer de rim apresentam, sem dúvida, um maior risco de desenvolver a neoplasia maligna de rim.

Obesidade: O risco de câncer de rim aumenta quanto maior for o peso do paciente. No entanto, a neoplasia maligna renal nestes casos é menos grave.

– Hemodiálise: Pacientes com insuficiência renal terminal, que realizam hemodiálise e têm doença renal policística adquirida, apresentam um risco 30 vezes maior de desenvolver câncer de rim.

– Doenças Genéticas: Existe uma grande quantidade de doenças genéticas que aumentam o risco de desenvolver câncer de rim. Como, por exemplo, a Doença de Von Hippel Lindal e a Esclerose Tuberosa.

Sintomas do câncer de rim

 

  • Sangue na Urina (hematúria);
  • Dor nas costas ou nos flancos (região lombar);
  • Tumor palpável no abdômen ou nos flancos (massa palpável);
  • Crescimento ou inchaço no testículo esquerdo;
  • Perda de peso, sudorese (aumento do suor) noturno ou febre sem explicação.

 

Diagnóstico do câncer de rim

 

– Ultrassom: É, geralmente, o exame responsável pela descoberta da maior parte dos tumores renais. Entretanto, a maioria deles é solicitado por outros motivos (check up ou investigação de infecções de urina, por exemplo). Então, o câncer de rim é um achado incidental.

– Tomografia ou Ressonância: São os melhores exames para se caracterizar, com maior precisão, os tumores renais. É possível determinar se estão localizados dentro do rim ou se o câncer já está se espalhando para outros órgãos. Além disso, a ressonância é mais indicada para tumores menores bem como naqueles com suspeita de acometimento de vasos sanguíneos.

– Cintilografia: Exame da medicina nuclear capaz de determinar a função dos rins e se houve acometimento dos ossos pelo câncer de renal (metástases).

– Biópsia do Rim: A biópsia não é necessária na grande maioria dos casos. Isso porque, muitas vezes, apenas com os exames de imagem já é possível confirmar o diagnóstico. Portanto, a biópsia do rim está apenas indicada nos casos de dúvida diagnóstica (tumor benigno? Linfoma renal? Infecção?). Ou então nos casos em que não se deseja operar logo no início.

Tratamento do câncer de rim

 

Vigilância Ativa: Os pacientes que escolhem esta opção não serão tratados imediatamente para o câncer de rim. O objetivo é seguir regularmente o paciente e, assim, observar se o tumor cresce ou gera sintomas para, apenas nestes casos, tratar. Este método evita o tratamento desnecessário de tumores pouco agressivos que talvez nunca trariam um grande problema a saúde do paciente. Além disso, evita ou retarda os efeitos colaterais do tratamento. Está indicado, portanto, para tumores pequenos em pacientes muito idosos ou com doenças crônicas graves, em que o risco cirúrgico seria muito grande.

 

Crioterapia ou Radioablação: São tratamentos modernos realizados por meio da inserção de agulhas no tumor pelas costas (sem cortes). Assim, irão destruí-lo por meio do calor (radiofrequência) ou pela congelação das células tumorais (crioablação), promovendo a preservação do rim. Estas técnicas estão disponíveis em apenas alguns hospitais de São Paulo. Seus resultados não são tão eficazes quanto a cirurgia tradicional. Por isso, são indicadas para tumores pequenos, em pacientes idosos ou com doenças crônicas graves.

 

Tratamento Cirúrgico (Nefrectomia): Consiste na remoção cirúrgica do rim inteiro (nefrectomia radical) ou então apenas de parte dele com o tumor (nefrectomia parcial). Sem dúvida é o tratamento mais eficiente para curar o câncer de rim. Isso porque é feito, preferencialmente, por técnicas minimamente invasivas como, por exemplo, a videolaparoscopia e a robótica. Assim, garante menos dor pós-operatória, menor risco de sangramento ou transfusões e retorno mais rápido as atividades normais da vida.

 

Como decidir qual tratamento fazer?

 

O tratamento mais indicado para o câncer de rim é a cirurgia para retirar todo o rim (nefrectomia radical) ou somente a parte contendo o tumor (nefrectomia parcial). A decisão para retirar o rim inteiro ou não depende do tamanho do tumor renal, do número de lesões e do quanto os seus rins funcionam.

 

Em casos onde há tumores grandes, múltiplos ou centrais no rim, provavelmente a melhor opção seja retirar o rim inteiro (nefrectomia radical). Por outro lado, se o tumor de rim for pequeno ou seus rins funcionam muito mal, talvez retirar apenas a parte do rim contendo o tumor (nefrectomia parcial) seja mais indicado. Desse modo é possível preservar a função restante do rim e evitar a hemodiálise.

 

Agora, caso o paciente apresente um tumor pequeno e tenha um grande risco cirúrgico (muito idoso ou muitas doenças crônicas), talvez a melhor opção de início seja apenas observar (vigilância ativa) ou realizar um tratamento ablativo como a radiofrequência ou a crioterapia.

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